quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Carta de natal para o professor Tibúrcio

Não sei se você vai ler esta carta, professor Tibúrcio, mas queria desejar-lhe um feliz natal.
Você não me conhece, mas eu te conheço há muito tempo. Desde que eu era uma tampinha.
Papai se vestia de professor Tibúrcio e aparecia da rua, do nada, para uma agradável tarde de aulas.
Pintava com pastel e aprendia muito mais que na escola.
Levava estrelinhas quando a arte ficava boa, mas as meninas também levavam estrelinhas. Todas podiam ganhar muitas estrelinhas, porque o que importava era a diversão e os sorrisos das Marias.
Aí o Tibúrcio me ensinou que o pato não tem quatro patas, coisa que a professora da escola esqueceu de me avisar.
Ele dava lanche e balinhas e a gente se sujava de canetinha.
Tibúrcio nem ligava.
No final da tarde ele ia ao desconhecido do mesmo jeito que tinha vindo, e papai reaparecia logo depois, ansioso por saber como tinha sido a aula.
Você não me conhece, mas minha infância foi mágica.
Obrigada.
E feliz natal

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