Olha, vou lhe contar uma história.
Ela não é longa, tampouco curta.
Ela não tem tamanho.
Não tem valor também essa história.
Tem passado, presente, futuro; sempre bem tradicional, bem regrado e bem sem nexo.
É a história de um pai que contava histórias e fazia deboches. Trocava os nomes das coisas, de propósito.
Colocava a tartaruga para correr e colocava o avental para cozinhar. Fazia recortes de coração e dedicava-os à mulher amada, sem medo de dedicar seu coração.
É a história dessa mulher, que parecia contos de fadas.
Arrumava muito lindinho, falava baixinho, tudo com carinho. Era doce, linda como o sol a cotia dourada, e distraída. Ouvia deboche, mas nem ouvia, ouvia risadas e nem ouvia, e de repente perguntava “que?”
É a história de três pontinhos.
Eles andavam juntos, mas cada um tem uma cor.
Cada um tem um tamanho, e cada risada tem um som.
Mas os três piscam, piscam, piscam e mesmo diferentes, adoram rir juntos.
Pontinhos falantes, que fazem amigos, mas se bastam.
É a história que não tem cor, tem muitas. Nem um som, são todos.
Uma história escrita por 10 mãos, 10 pés e 5 bocas, todas ao mesmo tempo.
É a minha história.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
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Um comentário:
Adorei de verdade! Que graça! Todas as histórias da sua história são super-verdadeiras.
Só não não vá se esquecer das "havaianas Prado", de como era gostoso separar grãos bichados de milho de pipoca, de aprender sobre a criação de minhocas domingo cedinho no Globo Rural, de de repente começar a se questionar se o Tio de Bigodes não era fajuto.
Ai vai um beijo do teu fã número 1: o Lebrão.
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