Um dia a gente se conheceu.
Foi uma coisa muito forte. Uma questão de necessidade.
Eu precisava dos textos dele, da racionalidade, do amor que ele sentia por mim.
Ele precisava de mim. Precisava da minha alegria e despreocupação com tudo.
Era como uma balança e a base de tudo era uma paixão maior do mundo. Maior. Maior que qualquer desavença familiar, dinheiro, ciúmes, tempo ou espaço. A gente se precisava como remédio, como cura.
Mas um dia eu sarei.
Levantei da cama, pude andar descalça pelo chão frio, prender o cabelo e rir alto, descontroladamente.
A garganta já não doía.
Nada já doía.
A gangorra despencou e eu fui jogada para o céu, quase tocando as estrelas, e voltei para a terra, me equilibrando.
Voltei a ser o que eu nunca fui.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
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