Enjoei de pensar no que eu tenho que fazer, de acordar todo dia e não poder ter preguiça, de lembrar que o mundo está piorando, que o tempo está correndo mais rápido, que todo mundo envelhece - rápido e a toda hora. Enjoei de pensar que nem sempre as coisas são assim, de perceber coisas, de perceber que minhas amigas têm uns defeitos óbvios, mas que elas reclamam deles em mim, de ver que as pessoas mais velhas não mudam, de ver que meus pais não entendem o quanto eu gosto deles e o quanto eu tenho que ser eu, de não ser tão culta quanto gostaria, mesmo me esforçando....
Enjoei de ter dor no estômago de tanto tentar agradar os outros e nunca ninguém perceber, de me esforçar para me aproximar das minhas irmãs, mas não dar tempo. Nada dá tempo.
Enjoei de ser louca, gostar de uma coisa e no minuto seguinte não ter mais força de gostar tanto assim, enjoei de sentir tanta saudade, mas tanta saudade, enjoei dessas paixões, eu sei quais, essas mesmo.
Enjoei de não conseguir admitir que preciso ficar sozinha e dessa forma desagradar um bocado de gente, enjoei de ler livros que me fazem pensar por meses, escutar músicas que dizem muito pra mim, mas dizem muito pra todo mundo - porque no fundo todo mundo é igual, mas os tempos são diferentes, e os que passaram são sempre melhores que os de agora,....enjoei de pensar que a vida é assim mesmo, e nada tem haver, e todo mundo se identifica com tudo, porque tudo é a mesma coisa, enjoei. Mundo, enjoei de você.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Desculpa mundo, mas eu enjoei de você
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