sexta-feira, 30 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Formas de amor
Quando eu amei de verdade não tinha essa de cavalo branco,
O negócio era a pé mesmo.
Quando eu amei de verdade não tinha essa de contexto
Tinha só a gente
E o mundo conspirava contra
E a gente nem percebia.
Quando eu amei de verdade, tornei-me transparente
Viam-se meus pensamentos através dos meus olhos
Via-se meu coração através do meu corpo.
Quando eu amei de verdade o mundo talvez nos odiasse
E você odiava o mundo como resposta.
Quando eu amei de verdade, você me ouvia de verdade
Porque acreditava em mim, me admirava
Amava-me de verdade.
Quando eu amei de verdade, a gente gostava das mesmas coisas
Quando eu amei de verdade, andei de ônibus
Fui impulsiva
Chorei de ciúmes
Segurei firme
Aceitei mudar
Joguei-me
Bati a cabeça
E não mais amei de verdade.
O negócio era a pé mesmo.
Quando eu amei de verdade não tinha essa de contexto
Tinha só a gente
E o mundo conspirava contra
E a gente nem percebia.
Quando eu amei de verdade, tornei-me transparente
Viam-se meus pensamentos através dos meus olhos
Via-se meu coração através do meu corpo.
Quando eu amei de verdade o mundo talvez nos odiasse
E você odiava o mundo como resposta.
Quando eu amei de verdade, você me ouvia de verdade
Porque acreditava em mim, me admirava
Amava-me de verdade.
Quando eu amei de verdade, a gente gostava das mesmas coisas
Quando eu amei de verdade, andei de ônibus
Fui impulsiva
Chorei de ciúmes
Segurei firme
Aceitei mudar
Joguei-me
Bati a cabeça
E não mais amei de verdade.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Tatu Bola
Minha amiga me contou que a mãe dela não costuma viajar. A gente escutou com atenção.
Minha mãe, explicou, sente tanta angústia em saber que uma hora a viagem vai acabar e que ela vai sentir saudades, que prefere nem viajar.
As meninas não gostaram da explicação.
As mais debochadas continuaram com suas cervejas, numa conversa paralela.
Pra mim não. Aquilo bateu como um esclarecimento, uma explicação.
Sempre que viajo, dias antes, eu choro.
Não entendia o por quê.
Sofro pelo que ainda não aconteceu.
Tenho medo de sofrer.
Acho que depois desse desabafo de bar, eu mudei.
É reconhecendo uma dor que se passa a procurar o remédio.
A cura? Não existe.
A liberdade é azul, não cinza como as paredes da labuta.
Minha mãe, explicou, sente tanta angústia em saber que uma hora a viagem vai acabar e que ela vai sentir saudades, que prefere nem viajar.
As meninas não gostaram da explicação.
As mais debochadas continuaram com suas cervejas, numa conversa paralela.
Pra mim não. Aquilo bateu como um esclarecimento, uma explicação.
Sempre que viajo, dias antes, eu choro.
Não entendia o por quê.
Sofro pelo que ainda não aconteceu.
Tenho medo de sofrer.
Acho que depois desse desabafo de bar, eu mudei.
É reconhecendo uma dor que se passa a procurar o remédio.
A cura? Não existe.
A liberdade é azul, não cinza como as paredes da labuta.
terça-feira, 27 de maio de 2008
sexta-feira, 16 de maio de 2008
As cores de 60
Não sou tão nostálgica
Nem tampouco saudosista
Apenas apaixonei-me por um tempo que não é meu
Apaixonei-me por Beatles
Apaixonei-me por Raul
Por lenços no cabelo, roupas que não combinam
Apaixonei por festas em apartamentos, com violão, tapetes, pernas se trombando
Meu coração bate forte por música da boa
Um amor vivido de mansinho
Beijinhos proibidos na bochecha
Uma cartinha escrita à mão, com caneta gasta
Não sinto falta do que não vivi
Sinto apenas vontade de explicar que quanto mais as pessoas correm contra o tempo, mais ele suga
Mata
Machuca
Tenho vontade de parar digitações compulsivas e dizer ‘olha pela janela, está passando um avião. Não é bonito?’
Seguro-me para não me magoar com aqueles que não tiveram 5 minutinhos do dia para um parabéns
Não sou retrô
Não sou alienada
Se sou brega, não me importo
Penso apenas que sentar na praça no final da tarde e olhar o movimento da rua devia ser uma coisa interessante
Assim como dançar nos bailinhos e ter horário para voltar
Porque sempre restava vontade para o dia seguinte
E o mundo não acabava tão rápido.
Nem tampouco saudosista
Apenas apaixonei-me por um tempo que não é meu
Apaixonei-me por Beatles
Apaixonei-me por Raul
Por lenços no cabelo, roupas que não combinam
Apaixonei por festas em apartamentos, com violão, tapetes, pernas se trombando
Meu coração bate forte por música da boa
Um amor vivido de mansinho
Beijinhos proibidos na bochecha
Uma cartinha escrita à mão, com caneta gasta
Não sinto falta do que não vivi
Sinto apenas vontade de explicar que quanto mais as pessoas correm contra o tempo, mais ele suga
Mata
Machuca
Tenho vontade de parar digitações compulsivas e dizer ‘olha pela janela, está passando um avião. Não é bonito?’
Seguro-me para não me magoar com aqueles que não tiveram 5 minutinhos do dia para um parabéns
Não sou retrô
Não sou alienada
Se sou brega, não me importo
Penso apenas que sentar na praça no final da tarde e olhar o movimento da rua devia ser uma coisa interessante
Assim como dançar nos bailinhos e ter horário para voltar
Porque sempre restava vontade para o dia seguinte
E o mundo não acabava tão rápido.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Ignorância traz felicidade?
Tem muita gente nesse mundo que é mais ou menos e não sabe
Invejo todas elas.
Vivem em paz, se enganando com o irreal.
O que é a vida, senão, uma bela mentira, não é mesmo?
Mentimos muita coisa
Mentimos que gostamos do vizinho, do trabalho, do trânsito.
Mentimos que os nossos são os melhores
Mentimos para nos mesmos que não nos importamos com as coisas, mentimos para os outros que não nos importamos com as coisas.
Tudo uma grande mentira.
E os mais ou menos, vivem em paz.
Atormentados e ansiosos são aqueles que por algum motivo acabam por desenvolver um lado crítico e realista, e por isso esperam mais, querem mais.
Sabem analisar e diferenciar o bom do ruim. Sabem que podem chegar mais longe, muito mais longe
Sabem que falta muito.
Vivem em paz aqueles que acreditam que não podem mais
Atormentados são aqueles que sonham alto, não mais ou menos.
Invejo todas elas.
Vivem em paz, se enganando com o irreal.
O que é a vida, senão, uma bela mentira, não é mesmo?
Mentimos muita coisa
Mentimos que gostamos do vizinho, do trabalho, do trânsito.
Mentimos que os nossos são os melhores
Mentimos para nos mesmos que não nos importamos com as coisas, mentimos para os outros que não nos importamos com as coisas.
Tudo uma grande mentira.
E os mais ou menos, vivem em paz.
Atormentados e ansiosos são aqueles que por algum motivo acabam por desenvolver um lado crítico e realista, e por isso esperam mais, querem mais.
Sabem analisar e diferenciar o bom do ruim. Sabem que podem chegar mais longe, muito mais longe
Sabem que falta muito.
Vivem em paz aqueles que acreditam que não podem mais
Atormentados são aqueles que sonham alto, não mais ou menos.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Minha queridíssima, feliz aniversário
Que no proximo ano vc perca seus medos, vc viva o amor, que aprenda muito e alimente sua alma.
Que vc se torne uma mulher sem se esquecer da criança delicada que existe dentro de vc.
Que os caminhos tenham flores e se não tiverem que vc aprenda a se divertir com o cinza.
Que a trilha sonora seja cada hora uma, que os livros te causem epifanias.
Que as tardes sejam de laranja e lilás, mas que vez ou outra vc possa se refrescar com a chuva. Que o cordão umbilical se desmanche sem rupturas doloridas.
Que vc sinta mais e se julgue menos.
Que vc se encontre, mas que de vez enquanto se divirta se perdendo.
Desejo do fundo do coração que o seu possa sempre encontrar um sorriso.
Feliz aniversário
Que vc se torne uma mulher sem se esquecer da criança delicada que existe dentro de vc.
Que os caminhos tenham flores e se não tiverem que vc aprenda a se divertir com o cinza.
Que a trilha sonora seja cada hora uma, que os livros te causem epifanias.
Que as tardes sejam de laranja e lilás, mas que vez ou outra vc possa se refrescar com a chuva. Que o cordão umbilical se desmanche sem rupturas doloridas.
Que vc sinta mais e se julgue menos.
Que vc se encontre, mas que de vez enquanto se divirta se perdendo.
Desejo do fundo do coração que o seu possa sempre encontrar um sorriso.
Feliz aniversário
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Presente da fê
segunda-feira, 12 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
7 de maio: dia do silêncio
Valorizo o silêncio.
Não o seu silêncio,
Esse me enlouquece,
Mas o silêncio do mundo.
O silêncio que não conheço mais
O silêncio de um final de tarde sem carros, o silêncio de um nascer do sol quentinho.
Ninguém se lembra mais que o silêncio existe porque acabaram com ele
Acabaram com a pequena arara-azul
Acabaram com o Maçarico-esquimó
E assim como os outros que se foram e ninguém comenta
Ele acabou
E logo mais
Ninguém se lembrará dele.
Não o seu silêncio,
Esse me enlouquece,
Mas o silêncio do mundo.
O silêncio que não conheço mais
O silêncio de um final de tarde sem carros, o silêncio de um nascer do sol quentinho.
Ninguém se lembra mais que o silêncio existe porque acabaram com ele
Acabaram com a pequena arara-azul
Acabaram com o Maçarico-esquimó
E assim como os outros que se foram e ninguém comenta
Ele acabou
E logo mais
Ninguém se lembrará dele.
Dedicação
Antes de pensar, pois, já pensei
Como diria Clarice.
E é desse pensar-antes–de–pensar que surgem maravilhas,
Obras primas, sopros de vida.
Beethoven aproveitou o pensar antes de pensar e transformou-o em sinfonia
E é com essa nona sinfonia que pensei antes de pensar que de tudo, pouco vale tanto esforço
E então pensei
E calei-me
Num sorriso dissimulado.
Como diria Clarice.
E é desse pensar-antes–de–pensar que surgem maravilhas,
Obras primas, sopros de vida.
Beethoven aproveitou o pensar antes de pensar e transformou-o em sinfonia
E é com essa nona sinfonia que pensei antes de pensar que de tudo, pouco vale tanto esforço
E então pensei
E calei-me
Num sorriso dissimulado.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Mais ums histórinha de pensar
O vagalume ia
O vagalume vinha
O vagalume brilhava
Brilhava
E brilhava
Sempre fugindo da raposa
Que ia atrás do vagalume.
Zumzumzum
Brilhava o vagalume
Fugindo da raposa.
Até que um dia, exausto, ele se deixou vencer
E a raposa se aproximou.
Ele, modesto e discreto, pediu por uma última pergunta
“Raposa, porque eu? Raposas não se alimentam de pequenos vagalumes....”
“E eu não sei?” respondeu a raposa “É que não agüento tanta luz”
O vagalume vinha
O vagalume brilhava
Brilhava
E brilhava
Sempre fugindo da raposa
Que ia atrás do vagalume.
Zumzumzum
Brilhava o vagalume
Fugindo da raposa.
Até que um dia, exausto, ele se deixou vencer
E a raposa se aproximou.
Ele, modesto e discreto, pediu por uma última pergunta
“Raposa, porque eu? Raposas não se alimentam de pequenos vagalumes....”
“E eu não sei?” respondeu a raposa “É que não agüento tanta luz”
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