Ela vinha discretinha. Tocava meu pé e ia embora.
Aproximava-se de novo, suave e feminina, tocava-me novamente e saia arredia.
Era o máximo que conseguia fazer, se aproximar de mansinho, me tocar e fugir.
Se fosse noite, aí não, seria diferente. Ela cresceria muito.
Molharia-me toda, não daria nem tempo de reagir.
Mas acho que fugiria do mesmo jeito depois.
Percebi que essa é ela, não tem como mudar. As coisas são como são e a iniciativa teria que ser minha.
Soltei o cabelo, tirei os óculos e dei um mergulho.
A onda agradeceu a atitude, me inundando de boas energias.
Feliz ano novo, Yemanjá.
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