terça-feira, 9 de novembro de 2010

Apenas um Livro

Indo para o RJ perdi um livro na rodoviária. 938 páginas e em inglês. Velho e cheio de anotações. O marca páginas era sem graça, mas lembro-me do dia e hora que comprei. Eu e o personagem já éramos como que irmãos. Se alguém o encontrá-lo, por favor me avise. Sinto-me abandonada.

Bolinhas de Papel

Vivo rabiscando e amassando. Às vezes vai para o lixo todo um emaranhado de possibilidades e conclusões sem nexo. Acho que é da mulher viver de sonhos românticos e universos complexos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A visão é uma fonte inesgotável de equívocos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Yes, they are.

I whish I could understand why human beings are so lonely.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nosso Santo Foi Punido

São Paulo é uma cidade castigada.
Me falha a memória em que momento os deuses a deixaram de lado e resolveram castigá-la.
Seus moradores veem o sol enquanto trabalham e a chuva quando descansam.
É uma cidade que chora aos finais de semana ao invés de comemorar.
São Paulo é sufocante e sufocada.
Os feriados também são punidos de tempo feio, deixando a iluminação e o calor para o primeiro dia útil após celebrações.
Em algum instante o paulista amou mais o trabalho que o lazer, mais as folhas brancas às folhas verdes.
Certo dia toda uma cidade de paulistas esqueceu-se de ver o pôr do sol.
Não sei sobre outros santos, outras punições, mas São Paulo foi castigado.

sábado, 30 de outubro de 2010

Abaixo o Manual

Às vezes eu penso que viver é um negócio louco e sem sentido. E por isso mesmo a gente não tem que consertar nada e continuar como somos. É a forma mais lúcida de aproveitar a vida.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Obra de Gil Vicente

Gil Vicente se auto-retratou na Bienal apontando uma arma àqueles que gostaria de tirar a vida. Pintado com carvão, expressões bem feitas e vítimas interessantes. Me peguei pensando. Acho que se pudesse, apontava a arma à pobreza, desigualdade social, ignorância, insegurança e à saudade. Fuzil na saudade.

Formulinha

Para dias de insônia: papel, caneta e um copo d'agua.

P.S.

Qualquer dia vou te convidar para um café. Tenho uns elogios a fazer.
Dizer que você está mudado e que foi para melhor. Os anos vieram doídos aos seus ouvidos até que então você os entendeu. Digo mais, você os respeitou. Passou a olhar o passado com mais carinho e o futuro como uma porta aberta a tantas oportunidades, essas que sempre vieram em grupos, em bando, em milhões. Bilhões de oportunidades.
Você agora se modernizou, se atualizou e se encantou pela vida.
Passam-se dias e você fica mais jovem.
Os cabelos brancos desistiram de aparecer e deram espaço a sorrisos mais frequentes.
O aspecto cansado e as lamentações fizeram as malas.
Fiquei um tempo sem te ver e quando voltei, encontrei um pai mais moço do que quando saí.
Posso te convidar para um café? Tenho elogios a fazer.
P.S: Pensando bem, que tal um vinhozinho?

domingo, 24 de outubro de 2010

Voltei a ter domingos

Estou sentada na frente do computador e não consegui pensar em nada. Absolutamente nada. Uma hora de nada. Palavra nenhuma. Isso é culpa do domingo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um lugar para pertencer

Sabia que ia acontecer e aconteceu. Eu, sentada em meu quarto, o mesmo velho quarto, olhando para o nada. Um vazio gigantesco de não pertencer. Aquela saudade ardida que faz o homem destratar quem não merece e que não há comida que sacie. Cadê toda coragem prometida ao final do processo? Cadê a saudade da terra natal? Onde estaria escondida a felicidade, capaz de preencher o vazio saudozista? Às vezes penso que sou de lá, de cá, do mundo ou de lugar nenhum.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quem fui eu com você

Será que se eu tivesse sido eu mesma com você as coisas teriam sido diferentes? Será que se eu fosse eu mesma comigo mesma as coisas teriam sido diferentes? Será que se as coisas tivessem sido diferentes eu seria essa eu, hoje, que pensa em como as coisas teriam sido?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O Céu do Brasil

Algumas vezes pensei em me afastar daquelas pessoas que já não são mais parecidas comigo. Eu errei. Ai como errei. São elas que tem me mostrado quantos formatos tem uma única nuvem.

Influência

Acho que levei um ano e meio e uma viagem para o exterior pra entender que o medo não é meu.
Esse medo de gente, não esse não é meu
Esse medo da cidade, não, esse também não é meu
O medo de não ser, o medo de não pertencer
O medo da solidão e o medo da noite
Não, esses medos não são meus
O único medo meu, legitimamente meu, é o de ser sugada pelos medos dos outros.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

It took me a long time and most of the world to learn what I know about love and fate and the choices we make, but the heart of it came to me in an instant, while I was chained to a wall and being tortured. I realized, somehow, through the screaming in my mind, that even in that shackled, bloody helplessness, I was still free: free to hate the men who were torturing me, or to forgive them. It doesn’t sound like much, I know. But in the flinch and bite of the chain, when it’s all you have got, that freedom is a universe of possibility. And the choice you make, between hating and forgiving, can become the story of your life.

Shantaram - Gregory David Roberts

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Sufocada

Nunca entendi bem pra que existem os domingos.
O ar fica carregado de uma coisa qualquer.
As vezes acho que o domingo é pra dar saudades
As vezes acho que é pra deixar melancólico e tem vezes que tenho certeza que o domingo é feito pra sufocar.