domingo, 30 de janeiro de 2011

"como é que dá pra entender, a gente mal nasce e já começa a morrer"

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ciclos metereológicos

Eu sempre acho o ar da minha casa abafado, até no inverno. É como se a densidade do ar fosse relativamente proporcional ao número de anos que você nela habita.
Vida inteira, ar denso.
Os sons do condomínio me trazem lembranças do tempo que eu andava descalça e brincava de pijama na rua.
Mesmo no meu quarto o ar é concentrado.
Ele parece carregar segredos demais, lágrimas e amores rabiscados em anos de diários.
Isso não vai mudar com o tempo e isso não acontece com todo mundo.
Não.
Porque poucos observam a densidade do ar.
Vez ou outra escuto gente que quer sair de casa e coloca a culpa na família.
Mal sabem eles que o que procuram mesmo são novos ares, que ainda tenham muito espaço para povoar de novas histórias.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Se eles tem três carros, eu posso voar

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Para passar o tempo

Um ato que me angustia é assistir televisão. Mesmo que a pessoa que a assista não seja eu, me aflige.
Ela me remete ao ato de esperar, que me remete ao porque de existirmos, que me remete a uma coleção de questionamentos existenciais inconclusos.
Sinto que as pessoas que assistem televisão estão, no fundo, nada mais do que esperando. Esperando que aquele minuto, tarde, dia, passem.
Faz algum sentido esperar que a vida passe?
Eu também espero às vezes.
Olho para o nada, leio um livro.
Não entendo o porque da espera, assim como não saberia dizer o porque de existirmos, aguentarmos trânsito ou construirmos carreira. Todos esses questionamentos me deixam confusa, mas numa coisa sou bem resolvida: não assisto TV, ela me angustia.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Água de benzer, água de banhar, água de tomar

Todo janeiro São Pedro derrama incessantemente suas lágrimas sobre a terra do carnanval. É a sua forma romântica de benzer o país. Perdoar o passado, lavar corações e regar a terra. Que venham suas águas e que a tempestade traga depois o arco-íris.

2011!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Amor zepellin

Não mais viver de amores construídos, desenvolvidos ou adaptados e sim do amor verdadeiro que nasce de quase nada e desabrocha com ternura. Amor arrasta quarteirão, com direito a recadinho cor-de-rosa e desequilíbrio emocional. Amor com cara de crescimento. Brilhante, latejante. Para 2011, que se descubra uma coisa qualquer dentro do peito.