Andavam o discípulo e seu apóstolo por uma floresta, conversando sobre a importância dos encontros inesperados. Ambos param diante de uma fazendinha bastante humilde e decidem entrar. Dentro mora uma família com roupas surradas.
Logo que entram na casa o pai, chefe da família, mostra-lhes uma vaquinha e explica que tem nela todo sustento da casa, com seu leite alimentam-se e vendem o leite por outros objetos numa cidade próxima.
O discípulo e seu acompanhante conversam um pouco e se despedem.
No caminho de volta o mestre diz ‘quero que você volte à casa e jogue a vaca no precipício’.
O apóstolo assustado responde ‘mas mestre, a vaca é o sustento de toda a família, dessa maneira os mataremos também!’.
Mas o filósofo não muda de idéia.
Chateado, o discípulo obedece, matando a vaca e a cena fica em sua memória.
Anos depois, já um empresário bem sucedido, o apóstolo decide voltar ao local para se desculpar do que fizera e oferecer ajuda à família, caso esta tivesse sobrevivo. Ao chegar na casa, no entanto, depara-se com uma belíssima fazenda, grande, com frutos, crianças brincando no jardim florido e um carro parado na garagem.
Assustado, ele entra na casa e o dono da casa logo o reconhece ‘olá discípulo, como vai você e seu mestre?’, ele nem responde, apenas interessado em saber como ocorrera aquela mudança. ‘Bem, nós tínhamos uma vaca, mas ela caiu no precipício e morreu – disse o senhor. Então, para sustentar minha família, tive que plantar ervas e legumes. Como as plantas demoravam a crescer, comecei a cortar madeira para vender. Ao fazer isso, tive que replantar as árvores e precisei comprar mudas. Ao comprar mudas, lembrei-me da roupa dos meus filhos e pensei que talvez pudesse cultivar algodão. Passei um ano difícil, mas quando a colheita chegou, eu já estava exportando legumes, algodão e ervas aromáticas. Nunca havia me dado conta de todo o meu potencial aqui: ainda bem que aquela vaquinha morreu ...’
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
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Um comentário:
"The busy bee has no time for sorrow"
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