Cara, já pensou nisso? Que o ser humano é um verme? Pô e é mesmo, fiquei grilada.
Saca só:
A gente acorda no nosso caixote, entra no caixote-elevador que nos leva ao estacionamento.
Vummmmmmmmm.
Lá, entramos no caixote-carro que nos conduz, atrás de outros caixotes, ao trabalho.
Ficam todos enfileiradinhos na horizontal.
Cada um em seu caixote.
Horas depois adentramos ao novo caixote.
Um encaixado em cima do outro. Escolhemos o andar-caixote que iremos passar o resto do confinamento.
À noite, shopping. Caixote maior.
Compras no caixote, plum plum.
Caixote no caixote. Toc toc.
E de volta ao apartamento-caixote.
Aos que percebem a vida verme do ser humano, resta a hora do almoço, quando estes saem desgovernados pela rua, atrás de ar.
Atrás de uma fresta de sol.
Atrás de vida.
E não acaba por aí
O ser humano verme agüenta ainda seu caixote interno, onde armazena muito, mas acha que é pouco.
Armazena, armazena
E não é suficiente
O caixote quase explode
E não é suficiente
O caixote cresce, cresce, toma o espaço das emoções, ocupa o espaço da visão, ocupa o olfato, e continua a crescer.
Excesso de informação.
E se o caixote explodir
Bum
Azar.
Outro homem com cérebro-caixote entra no lugar.
Para viver uma vida de verme.
terça-feira, 10 de junho de 2008
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2 comentários:
me deu até fobia seu texto!
eu amei...
vc entra "no clima" e le rapido, de uma maneira que sufoca!
vc ta escrevendo cada vez melhor!
parabens!!
ps: nao acho que agte é verme! daria um outro nome.. nao sei qual ainda!
Last News About The Little Box
by Vasko Popa
The little box which contains the world
Fell in love with herself
And conceived
Still another little box
The little box of the little box
Also fell in love with herself
And conceived
Still another little box
And so it went on forever
The world from the little box
Ought to be inside
The last offspring of the little box
But not one of the little boxes
Inside the little box in love with herself
Is the last one
Let's see you find the world now
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