segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Despedir

Minha relação com o despedir-se das coisas sempre foi muito difícil.
Quando era criança, chorava muito a noite. Um choro ardido. Dizia que era porque não queria crescer.
Não queria me desligar da minha infância.
Um dia tive que doar minhas bonecas, e mais uma vez sofri.
Fui crescendo e despedi-me da escola, da faculdade, de algumas brincadeiras que menina-adulta não faz, despedi-me das férias de dois meses no final do ano, do cargo de estagiária, de pedidos de autorização para sair à noite, além de outras coisinhas que a vida te faz despedir-se.
Dou adeus a 2008 sem muito sofrimento, vai- te embora! Mas as pessoas que despedi-me no ano, essas doem.
Mais do que as barbies, as férias ou todas as minhas lágrimas infantis.

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