Uma senhora entra no supermercado com a lista pronta e o orçamento contadinho como grãos de feijão.
Passeando pelas gôndolas, por diversas vezes ela é interceptada por vozes que lhe oferecem incríveis produtos que se fantasiam de sentimentos necessários. Ela anda mais e agora o que lhe chama a atenção não são mais as vozes da TV, e sim suas imagens com os produtos, tão necessários.
Seu carrinho lota-se de coisas indispensavelmente dispensáveis e ao passar pelo caixa, ela suspira. Não só porque as moedinhas da reserva foram gastas, mas porque ela vê o sol forte fora do supermercado, lembra-se que o brilho da vida não tem preço, e percebe que mais uma vez foi coagida por eletrônicos e deixou de economizar para viajar.
Ela coloca seus produtos no carro e realiza seu poder insignificante diante da moda do momento, a publicidade.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
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2 comentários:
adorei ma....penso igual....
estou cheia dessa invasão. Só quem é muito passivo não percebe o quanto somos perturbados o dia todo toda hora. Esse trabalhinho de publicitario é muito pobrinho.
bjos deia
Ai que saudade de Paris...
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