Não se magoe flor de Liz
Continuo com meus oceanos limitados
Continuo sobre as asas de um grande pássaro que me alimenta e me leva para viajar
Não se magoe flor,
Não se magoe.
Prometo que mesmo longe, estou sempre mandando um pouquinho da minha chuva para regar sua dor e minhas abelhinhas para compartilharem das suas alegrias
Você é uma flor independente, exuberante, símbolo de reinados
Eu sou uma margaridinha
Que está criando asas
Se tiveres paciência, prometo um dia também ser flor de Liz
E aí sim visitarei todos os jardins de Berlim.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Relação
Eu sou a pedra no seu sapato.
Não, eu sou o calo. Um calo no sapato.
Porque para uma pedra, basta apenas tirar o calçado,
Um calo é diferente.
Este acompanha cada passo, cutuca, você não esquece.
Não é fácil livrar-se de um calo.
Puro desconforto.
Troca-se de sapato, mudam as estações, as festividades, o humor, mas o calo continua, sempre cutucando a todo passo.
Nas viagens dói mais porque andamos muito mais.
Se você vestir Havainas, sentir-se-á feliz. Sapatos abertos não apertam seu calo e você me esquece, vive sua vida feliz.
Nada de incômodos,
Mas fez frio em Paris, e a Havaiana ficou na mala.
Não, eu sou o calo. Um calo no sapato.
Porque para uma pedra, basta apenas tirar o calçado,
Um calo é diferente.
Este acompanha cada passo, cutuca, você não esquece.
Não é fácil livrar-se de um calo.
Puro desconforto.
Troca-se de sapato, mudam as estações, as festividades, o humor, mas o calo continua, sempre cutucando a todo passo.
Nas viagens dói mais porque andamos muito mais.
Se você vestir Havainas, sentir-se-á feliz. Sapatos abertos não apertam seu calo e você me esquece, vive sua vida feliz.
Nada de incômodos,
Mas fez frio em Paris, e a Havaiana ficou na mala.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Mensagens secretas contadas para a lua
Saudade em viagem é um bichinho simpático
ele acompanha tudo
olha tudo
esta sempre juntinho
lembrando que por trás dessas patinhas de bichinho
dessa cantoria de bichinho
tem um amor esperando
e mandando belas mensagens
enviadas pelo vento
pela lua
por um gole de café
ou um florzinha bonita.
ele acompanha tudo
olha tudo
esta sempre juntinho
lembrando que por trás dessas patinhas de bichinho
dessa cantoria de bichinho
tem um amor esperando
e mandando belas mensagens
enviadas pelo vento
pela lua
por um gole de café
ou um florzinha bonita.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Sem mais Cerejas no bolo
Uma senhora entra no supermercado com a lista pronta e o orçamento contadinho como grãos de feijão.
Passeando pelas gôndolas, por diversas vezes ela é interceptada por vozes que lhe oferecem incríveis produtos que se fantasiam de sentimentos necessários. Ela anda mais e agora o que lhe chama a atenção não são mais as vozes da TV, e sim suas imagens com os produtos, tão necessários.
Seu carrinho lota-se de coisas indispensavelmente dispensáveis e ao passar pelo caixa, ela suspira. Não só porque as moedinhas da reserva foram gastas, mas porque ela vê o sol forte fora do supermercado, lembra-se que o brilho da vida não tem preço, e percebe que mais uma vez foi coagida por eletrônicos e deixou de economizar para viajar.
Ela coloca seus produtos no carro e realiza seu poder insignificante diante da moda do momento, a publicidade.
Passeando pelas gôndolas, por diversas vezes ela é interceptada por vozes que lhe oferecem incríveis produtos que se fantasiam de sentimentos necessários. Ela anda mais e agora o que lhe chama a atenção não são mais as vozes da TV, e sim suas imagens com os produtos, tão necessários.
Seu carrinho lota-se de coisas indispensavelmente dispensáveis e ao passar pelo caixa, ela suspira. Não só porque as moedinhas da reserva foram gastas, mas porque ela vê o sol forte fora do supermercado, lembra-se que o brilho da vida não tem preço, e percebe que mais uma vez foi coagida por eletrônicos e deixou de economizar para viajar.
Ela coloca seus produtos no carro e realiza seu poder insignificante diante da moda do momento, a publicidade.
Quem inventou o amor, me explica por favor
Ninguém consegue me explicar, o que é o amor.
Porque todo mundo ama demais
Ou ama de menos
E inserido nesse contexto pretensioso que tem o amor na vida das pessoas
Ninguém consegue me explicar o que é o amor.
Chego a acreditar algumas vezes que o entendi
Que o amor é saber dividir
Mas depois percebo que só isso não o compõe
Então acredito que o amor é dividir e ceder
E então vejo que só assim o amor também não se mantém
Angustio-me
Olho pela janela, confusa, por não saber sobre o amor.
Já descobri uma vez que o amor é dividir, ceder, e rir
Melhor que isso, dar gargalhadas soltas
Mas quem sobrevive só de gargalhadas?
Então, adiciono tristeza às risadas.
Temos então o dividir, o ceder, o rir, o chorar...
Mas já conheci pessoas que me trouxeram tudo isso
E que não sei se amei
Porque não sei do amor
E ele também não sabe quem sou eu
E não veio se apresentar.
Porque todo mundo ama demais
Ou ama de menos
E inserido nesse contexto pretensioso que tem o amor na vida das pessoas
Ninguém consegue me explicar o que é o amor.
Chego a acreditar algumas vezes que o entendi
Que o amor é saber dividir
Mas depois percebo que só isso não o compõe
Então acredito que o amor é dividir e ceder
E então vejo que só assim o amor também não se mantém
Angustio-me
Olho pela janela, confusa, por não saber sobre o amor.
Já descobri uma vez que o amor é dividir, ceder, e rir
Melhor que isso, dar gargalhadas soltas
Mas quem sobrevive só de gargalhadas?
Então, adiciono tristeza às risadas.
Temos então o dividir, o ceder, o rir, o chorar...
Mas já conheci pessoas que me trouxeram tudo isso
E que não sei se amei
Porque não sei do amor
E ele também não sabe quem sou eu
E não veio se apresentar.
terça-feira, 8 de julho de 2008
segunda-feira, 7 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
Dieta yin-yang
A gente come para saciar os medos
Saciar as faltas, a saudade.
A gente come para nos sentirmos satisfeitos, estufados
A gente come para engolir o mundo
A gente come sem pensar, sem vontade, sem necessidade
A gente come para tapar um buraco profundo, entre o pulmão, coração, em algum lugar estranho e incerto.
A gente come porque o coração sente fome, porque a alma suplica, porque a cabeça não responde.
A gente come por falta de autocontrole, por excesso de ansiedade e falta de fome.
A gente come porque o mundo passa fome
A gente come para não conseguir falar o que pensa, e ter do que reclamar depois.
Estamos obesos, cheios de palavras calóricas, comidas sem mastigar.
Saciar as faltas, a saudade.
A gente come para nos sentirmos satisfeitos, estufados
A gente come para engolir o mundo
A gente come sem pensar, sem vontade, sem necessidade
A gente come para tapar um buraco profundo, entre o pulmão, coração, em algum lugar estranho e incerto.
A gente come porque o coração sente fome, porque a alma suplica, porque a cabeça não responde.
A gente come por falta de autocontrole, por excesso de ansiedade e falta de fome.
A gente come porque o mundo passa fome
A gente come para não conseguir falar o que pensa, e ter do que reclamar depois.
Estamos obesos, cheios de palavras calóricas, comidas sem mastigar.
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