terça-feira, 3 de julho de 2012

Vestido rendado

Vestiu-se de rendado, toda caprichada. No cabelo encheu de laço e no rosto, encheu de sorrisos. Nos lábios aquele batom que ela gosta e de perfume, o de sempre, pra agradar. Estava assim, toda meio radiante, meio cheia de sonhos. Avisou a família e a melhor amiga. Avisou também um ou outro que cruzou no caminho, porque não se aguentava em si. E ficou a aguardar. Aguardou minutos, transformados em horas, transformados em dias.  O perfume já não existe mais, nem tampouco o sorriso. Restaram-se apenas os sonhos, que insistem um pouquinho mais em deixá-la.

2 comentários:

Roderigo Torçop Orti disse...

A princesa era linda, perfumada, com olhos negros brilhantes e vestido rendado. Apaixonava-se facilmente por todos os violeiros caminhantes que por lá passavam e que partiam ao primeiro galo da manhã. Chorava e chorava a princesa e não enxergava que eram só ilusões por figurantes da grande peça. Um dia... de repente... surgiu um verdadeiro príncipe em um lindo cavalo e a arrebatou de verdade. Partiram a galope em uma noite de lua.

Anônimo disse...

Ai esses violeiros viu! De musica em musica eles fazem estrago com nosso coração...