domingo, 16 de outubro de 2011

Entre uma taça e outra

Você falou para um namorado seu que eu era a melhor motorista que conhecia – quando eu ainda nem dirigia - e contou para as suas amigas que não tinha erro, podiam confiar, eu sabia das boas festas (quando eu mal sei que dia é hoje). Teve uma vez que você riu porque eu estava usando meias de rena natalina num restaurante chique, e tiveram muitas outras que você me acompanhou quando o restaurante não era tão chique – e nem tão divertido. Você me acompanhou também quando eu saí com um menino pelo qual me apaixonara e me acompanhou quando quem se apaixonaram foram eles. Teve uma sexta-feira que você me mandou um presentinho no trabalho, sendo que ninguém por lá tinha me visto chorar. E uma segunda-feira você disse que ia entrar no meu quarto e dar um soprinho mágico que me traria boas energias, e trouxe.
Quando me questiono a razão pelo qual voltei pro Brasil, me veem na cabeça essas coisinhas de irmã que você faz, e logo penso que foi por nada menos que isso: um punhado de lembranças que construímos juntas.