Não vou te contar, mas te vi
passar na rua. Você estava daquele jeito de sempre, meio arrumado, meio capeta,
meio localizado, meio perdido. Essas coisas a gente não entende mesmo. Porque
eu também estava do meu jeito de sempre, atrasada, descabelada e, claro, despreparada.
Te vi andando, e junto aos seus passos foram passando todos os seus sorrisos
que eu gostei, seu jeitinho de dançar que eu gostei, e seu humor debochado, que
eu também gostei. Não vou te contar, mas me deu uma dessas tristezas ardidas,
como quando a gente sonha uma coisa gostosa, e acorda num dia cinzento.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
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