terça-feira, 24 de maio de 2011

Já não posso mais brincar de amar e já não posso mais me confundir, a vida me atropela nesse meio tempo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Hibernação galáctica

O ser humano deveria ter o poder e direito de desaparecer. Não digo se esconder em casa, como um foragido, e sim sumir da terra por tempo indeterminado. Hibernação galáctica. Porque será que todo ser humano tem que, por obrigação, existir todos os dias?

quinta-feira, 12 de maio de 2011

27 anos

O número de moleskines que levo na estande do quarto já perdi de vista. De muitas cores e tamanhos, coleciono bloquinhos como se visse em todas aquelas folhas vazias, oportunidade infinitas. Poucos deles já tomaram forma e conteúdo. Às vezes, no entanto, me angustio por antecipação. Temo um dia perceber que as páginas continuam vazias.

segunda-feira, 9 de maio de 2011



A variedade é o tempero da vida

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Segredo

Eu que descobri voce. Não foi mais ninguém e não foi você que me descobriu. Fui eu, sozinha, que em um momento de distração, me permiti derrubar fronteiras e escutar um poquinho do seu discurso de historiador moderno. Fui eu que deixei-me levar pela sua risada e a sua capacidade de falar besteira contextualizada. Fui eu que te liguei primeiro, só não tive a coragem de apertar o send, e fui eu que elogiei os seus olhos coloridos, por mais que as palavras tenham ficado apenas no campo das coisasguardadasprasi. Eu te descobri porque escutei mais que falei, e dei espaço para que todas as pequenas borboletinhas adormecidas no estômago voltassem a circular livremente. Tenho orgulho da minha descoberta embora tenha que concordar que algumas das coisas que encontramos no caminho são livres para escolherem se a nosso mundo querem pertencer.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Suspiro mais do que respiro

Ando aos suspiros por aí. Eles começaram discretos, mas são atualmente mais do que perceptíveis. Não sabia exatamente o porquê de tantas representações emocionais, até o dia em que assisti um cronista divagar sobre a existência humana. Ele explicou, como se fosse uma coisa óbvia e simples, que a vida tem dias de normalidade. Há dias em que nada acontece. Há dias passados a brancas nuvens. Não se derrota um dragão por dia, não se comemora coisa qualquer todos os dias, não se faz uma viagem diferente a cada dia, não se vive uma nova e intensa paixão toda hora e não se é pedido em casamento diariamente. Passei anos da minha infância a viver na fantasia e, de repente, me pego em dias vazios. Os dias vazios me enchem de suspiros.